Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus. João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
Caros amigos e amigas, os trabalhos da vinha requerem gente que a sintam como sua, que a amem. Aos filhos é pedida a mesma paixão e encanto do Pai: não aceitar trabalhar para a vinha é rejeitar o Pai; cuidar das videiras e enamorar-se por elas é partilhar o amor do Pai.
Os cuidados e a alegria da vinha
Levam-se vários anos para plantar uma vinha e assim transformar a terra árida em vinho bom. Requerem-se cuidados e atenções redobradas, mesmo se os frutos não são garantidos. O tronco contorcido e os ramos nunca lineares recordam uma história que se desenvolve, cresce, serpenteia e ramifica. Mais do que o cansaço e suor, a vinha torna-se, através do vinho, profecia da alegria e de festa para toda a família.
Somos nós a vinha de Deus! Somos nós os cachos cheios de sol e de mel, o sonho de uma única família em festa. É ainda Ele que nos convida para trabalhar esta vinha com vida, com amor e sedução, numa escolha entre uma existência estéril e uma vida frutuosa de palavras e acções. Nesta vinha, o convite do Senhor não fala em obrigações mas em fecundidade, recorda sementes que se tornam árvores, abraça a prostituta que se torna mulher, converte o coração disperso que se torna unificado.
Um homem tinha dois filhos
Os dois filhos são o nosso coração dividido: um coração que diz sim e que diz não; que se contradiz entre o dizer e o fazer; demasiado veloz com a língua e algo lento com a vida. Como lembra S. Paulo, “não fazemos o bem que queremos, mas o mal que não queremos”.
Ocorre unir o nosso coração de “enamorados sem amor” e de “crentes não praticantes”. Como cristãos corremos o risco de tirarmos Deus da gaveta 5 minutos por dia, 1 hora por semana, e acabada a bênção final da Missa dizermos: “amém, que se faz tarde”! Talvez fosse bom não nos ficarmos por palavras (a começar pelos padres), mas com simplicidade e coragem gritar o Evangelho com a própria vida.
Publicanos e prostituas à frente
Todos temos as nossas prostituições, as nossas velhas aparências e simulações de palavras vazias. Contudo, em Deus não há palavras de condenação, apenas a promessa de uma vida nova. Ele tem sempre confiança que os nossos “nãos” se convertam, acredita permanentemente em nós apesar dos nossos erros e atrasos em dizer “sim”. Ninguém está perdido para sempre. A nossa história é feita de conversões e mudanças, dilatação do coração, naquele caminho que nos faz passar de servos inúteis a filhos, de empregados estéreis a fecundos irmãos da mesma família.
Deus faz florir a sua vinha na história através de tantas vindimas escondidas onde cada um se empenha a tornar menos árida a terra, menos sós as pessoas, menos contraditórios os corações. Deus não é um dever, é amor e liberdade! E isso, caros amigos e amigas, é Evangelho!
VIVER A PALAVRA
Quero cultivar um coração disponível e alegre para o trabalho na vinha do Senhor.
REZAR A PALAVRA
Senhor da vinha, que cultivas o vinho do amor, e dás a beber o teu sangue,
Tu que recolhes o sumo do labor daqueles que amam e servem,
embriagados de sonhos por acreditarem no fruto do teu campo:
Livra-me das intenções abastecidas de palavras, mas esvaídas de ardor;
proteje-me da cegueira obstinada e do ar viciado das minhas justificações.
Vinhateiro, que és Pai e és Esposo, a tua vinha é a minha preciosa herança!
O amor da tua vinha será o meu afã, a tua delícia será o meu inteiro gozo.
Envia-me... num vendaval de sins e de nãos, a tua vontade é a minha estrada.
Caros amigos e amigas, os trabalhos da vinha requerem gente que a sintam como sua, que a amem. Aos filhos é pedida a mesma paixão e encanto do Pai: não aceitar trabalhar para a vinha é rejeitar o Pai; cuidar das videiras e enamorar-se por elas é partilhar o amor do Pai.
Os cuidados e a alegria da vinha
Levam-se vários anos para plantar uma vinha e assim transformar a terra árida em vinho bom. Requerem-se cuidados e atenções redobradas, mesmo se os frutos não são garantidos. O tronco contorcido e os ramos nunca lineares recordam uma história que se desenvolve, cresce, serpenteia e ramifica. Mais do que o cansaço e suor, a vinha torna-se, através do vinho, profecia da alegria e de festa para toda a família.
Somos nós a vinha de Deus! Somos nós os cachos cheios de sol e de mel, o sonho de uma única família em festa. É ainda Ele que nos convida para trabalhar esta vinha com vida, com amor e sedução, numa escolha entre uma existência estéril e uma vida frutuosa de palavras e acções. Nesta vinha, o convite do Senhor não fala em obrigações mas em fecundidade, recorda sementes que se tornam árvores, abraça a prostituta que se torna mulher, converte o coração disperso que se torna unificado.
Um homem tinha dois filhos
Os dois filhos são o nosso coração dividido: um coração que diz sim e que diz não; que se contradiz entre o dizer e o fazer; demasiado veloz com a língua e algo lento com a vida. Como lembra S. Paulo, “não fazemos o bem que queremos, mas o mal que não queremos”.
Ocorre unir o nosso coração de “enamorados sem amor” e de “crentes não praticantes”. Como cristãos corremos o risco de tirarmos Deus da gaveta 5 minutos por dia, 1 hora por semana, e acabada a bênção final da Missa dizermos: “amém, que se faz tarde”! Talvez fosse bom não nos ficarmos por palavras (a começar pelos padres), mas com simplicidade e coragem gritar o Evangelho com a própria vida.
Publicanos e prostituas à frente
Todos temos as nossas prostituições, as nossas velhas aparências e simulações de palavras vazias. Contudo, em Deus não há palavras de condenação, apenas a promessa de uma vida nova. Ele tem sempre confiança que os nossos “nãos” se convertam, acredita permanentemente em nós apesar dos nossos erros e atrasos em dizer “sim”. Ninguém está perdido para sempre. A nossa história é feita de conversões e mudanças, dilatação do coração, naquele caminho que nos faz passar de servos inúteis a filhos, de empregados estéreis a fecundos irmãos da mesma família.
Deus faz florir a sua vinha na história através de tantas vindimas escondidas onde cada um se empenha a tornar menos árida a terra, menos sós as pessoas, menos contraditórios os corações. Deus não é um dever, é amor e liberdade! E isso, caros amigos e amigas, é Evangelho!
VIVER A PALAVRA
Quero cultivar um coração disponível e alegre para o trabalho na vinha do Senhor.
REZAR A PALAVRA
Senhor da vinha, que cultivas o vinho do amor, e dás a beber o teu sangue,
Tu que recolhes o sumo do labor daqueles que amam e servem,
embriagados de sonhos por acreditarem no fruto do teu campo:
Livra-me das intenções abastecidas de palavras, mas esvaídas de ardor;
proteje-me da cegueira obstinada e do ar viciado das minhas justificações.
Vinhateiro, que és Pai e és Esposo, a tua vinha é a minha preciosa herança!
O amor da tua vinha será o meu afã, a tua delícia será o meu inteiro gozo.
Envia-me... num vendaval de sins e de nãos, a tua vontade é a minha estrada.
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