domingo, 4 de abril de 2010

"...não sabemos onde o puseram."

1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. 2Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» 3Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. 6Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, 7ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. 8Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, 9pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. 10A seguir, os discípulos regressaram a casa. (Jo 20)


Aquela manhã começa envolta em mistério. A pedra que guardava o túmulo tinha sido retirada. Como? Porquê? Que terá acontecido?
A única certeza é que Jesus não estava lá.
Maria Madalena procura ajuda. O Senhor tinha sido levado e não sabia onde o puseram…
Pedro e João, não só vão, como correm até ao local vazio de certezas, mas cheio de mistério.
Resssalta a figura do discípulo amado que, chegando primeiro ao túmulo se inclina, observa e repara. Pedro entra primeiro e admira-se. João entra de seguida, vê e começa a crer.
A Páscoa não cabe na nossa lógica humana. Precisamos aspirar às coisas do alto para que a Ressurreição do Senhor dê sentido à nossa história.
Não sabemos onde o puseram?
Ou sabemos bem onde Ele está?


Procuro cedo, ainda escuro,
O sinal da tua presença
E encontro
Um local vazio de certezas
E cheio de mistério.
Não entendo,
Não sei onde te puseram.

Quero correr,
Para te encontrar na ajuda,
Na caridade fraterna.

Quero inclinar-me,
Abeirar-me do mistério
Para escutar os teus sinais.

Quero observar,
Estar atenta ao que me rodeia,
Onde tu habitas.

Quero reparar,
Discernir tudo quanto
Possa ser tua proposta.

Quero entrar,
Estar contigo,
Fazer parte de ti.

Quero admirar-me,
Surpreender-me
Com o teu amor.

Quero ver,
Conhecer-te,
Contemplar a tua misteriosa presença.

Quero crer
Que não estás no túmulo
Porque estás em mim…



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